Sabe o que eu nĂ£o tenho saco: discurso esquemĂ¡tico, pronto, saĂdo do forno. Tipo: a indĂºstria do entretenimento Ă© nociva, a televisĂ£o nĂ£o tem nada que presta... todos esses discursos arrematados pelo senso comum. É como se a criatura humana: pobre, rico, preto, branco, amarelo, enfim, nĂ£o tivesse livre arbĂtrio e tutano para desligar ou simplesmente zapear com aquela coisinha mĂ¡gica chamada controle remoto aquela porcaria que estaria passando... (minha singela homenagem aos operadores de telemarketing)
E mesmo que tudo esteja realmente uma merda para os padrões intelectualĂ³ides-novela, reality shows, aberrações, et que veio num sei da onde ajudar a construir as pirĂ¢mides do Egito, sit cons, etc, no meio desse caldeirĂ£o todo Ă© possĂvel vislumbrar um horizonte como a boa, velha e jĂ¡ ultrapassada sĂ©rie americana Sex and the City. Que coisa mais boa da conta de se ver! Aquilo Ă© um verdadeiro manual da alma feminina e a protagonista Ă© uma fofa com sua beleza "esteticamente mal resolvida" e fora dos padrões. Os diĂ¡logos de graça, valem muito mais que muita ida a consultĂ³rio de psicanĂ¡lise. O tema ontem era fĂ©. E o namorado do Carrie Bradshaw por quem ela estĂ¡ completamente arriada nem mesmo a apresenta para a mĂ£e e ainda diz: "tenha fĂ©, quem sabe um dia eu te apresento pra minha mĂ£e quando tiver certeza que vc Ă© a mulher certa?" No dia seguinte ele aparece no seu carrĂ£o de motorista com passagens para o Caribe e a Carrie, tchan, termina com o gostosĂ£o de cabelo pintado.
Claro que a personagem fica arrasada, entĂ£o vem os pensamentos da escritora: "Chorei por uma semana, mas percebi que tenho fĂ©, fĂ© em mim. Pois tenho certeza que um dia vou conhecer um homem que nĂ£o terĂ¡ dĂºvidas de que eu sou a mulher certa." UhĂº! As falas dessa personagem levantam a auto estima de qualquer mulher. Ponto para o velho, americano, enlatado, clichĂª e muito bom Sex and the City!
PS: Estou dando um tempo nas saturnais de Baco.